A competição acirrada entre as indústrias de alimentos e de biocombustíveis está impulsionando o aumento do preço do óleo de soja no mercado interno brasileiro. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que essa pressão de demanda tem contribuído significativamente para a alta dos preços.
O óleo de soja, um produto essencial tanto para a produção de alimentos quanto para a fabricação de biodiesel, enfrenta uma demanda crescente de ambos os setores. Em 2023, a produção de soja no Brasil alcançou cerca de 154,6 milhões de toneladas, uma das maiores colheitas registradas. Apesar disso, a disputa pelo óleo de soja bruto se intensificou, levando a um aumento nos preços. Segundo a Conab, o preço do óleo de soja subiu 20% nos primeiros cinco meses de 2024.
Especialistas apontam que essa elevação nos preços reflete não apenas a competição interna, mas também as tendências globais de aumento na demanda por biocombustíveis. Isso motivado por políticas de sustentabilidade e pela busca por alternativas energéticas mais limpas. Com o setor de biocombustíveis oferecendo preços competitivos, a indústria alimentícia enfrenta desafios adicionais para manter seus custos controlados.
Impactos na Economia e no Consumidor
O aumento do preço do óleo de soja afeta diretamente a inflação dos alimentos, uma vez que o produto é amplamente utilizado na produção de margarina, maionese, alimentos industrializados e na culinária doméstica. Com isso, o custo final dos produtos alimentícios sobe, pressionando ainda mais o orçamento das famílias brasileiras.