Durante uma coletiva nessa segunda feira, o Ministro Favaro falou sobre a atual situação de investigações sobre o caso de gripe aviária no Brasil.
Fávaro começou a coletiva falando que o sistema é robusto, que por isso a confiabilidade do Brasil é alta. Que mesmo com anos de gripe aviária no mundo, só agora o Brasil teve um caso em granja comercial.
A equipe também explicou sobre os casos em avaliação, que é uma rotina corriqueira do dia a dia do MAPA. Na sequência, foi explicado que dos casos analisados. Três já foram finalizados, enquanto outros três estão em analise.
- Nova Brasilândia, Mato Grosso – Negativo
- Granja Cardoso, – Negativo
- Triunfo, Rio Grande do Sul – Negatico
- Ipomirim – Santa Catarina – Em investigação
- Aguiarnopolis – Tocantins – Em investigação
- Salitre – Ceará – Em investigação
Respondendo aos repórteres, o ministro também falou que a estrutura do MAPA está sendo suficiente pra lidar com a crise, e lembrou que ainda tem outros problemas sanitários. Citou a muniliase e a vassoura da bruxa, que atingem a cultura de cacau.
Outra pergunta foi sobre a regionalização. Um exemplo citado foi o Japão, que não suspendeu a importação, pois eles praticam uma regionalização das exportações. Como o Brasil é um país continental, essa decisão ajuda a não prejudicar toda a exportação por causa de um problema local. Mas que a decisão de aceitar a regionalização não depende do Brasil somente, mas principalmente do país parceiro.
A expectativa é que quarta feira termine de esterializar a granja, e a partir dessa data começa a contar o marco zero para liberar as exportações. A partir de quarta, se em 28 dias não houver um novo caso de gripe aviária, o país é considerado como livre do problema.
Países que fecharam o mercado das exportações
Também foi atualizada a lista dos países que cortaram exportações do Brasil. Atualmente a lista é composta por onze países:
- México
- Coréia do Sul
- Chile
- Canada
- Uruguai
- Malásia
- Argentina
- Cuba
- Barein
- Japão
- Cingapura
Além dos países que se manifestam diretamente, outros, como China e União Europeia, ativam automaticamente seus protocolos por força contratual. Nesses casos, ao detectar qualquer sinal de gripe aviária, o próprio Brasil interrompe a emissão dos certificados de exportação.
Investigação de novos casos suspeitos
Além do caso confirmado em Montenegro, o Ministério da Agricultura está investigando outros dois casos suspeitos em granjas comerciais localizadas em Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO). Também há investigações em andamento sobre quatro casos suspeitos em produções familiares nos estados do Rio Grande do Sul, Sergipe, Ceará e Mato Grosso.
O Ministério da Agricultura reforça que não há risco para o consumo humano da carne de frango ou ovos provenientes de aves inspecionadas. O consumo desses produtos não transmite o vírus H5N1, já que o cozimento adequado elimina o patógeno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil confirmam que o risco de infecção em humanos é baixo. E ocorre principalmente por contato direto com aves doentes ou ambientes contaminados.
“O risco não está no consumo. Mas na contaminação sanitária dos plantéis comerciais nos países importadores, caso carcaças contaminadas entrem em contato com aves vivas,” explicou o ministro Carlos Fávaro.
O governo brasileiro está realizando um rigoroso bloqueio sanitário e rastreamento de toda a produção oriunda da granja afetada em Montenegro. A inutilização das aves e produtos contaminados é fundamental para reduzir o risco de novos surtos.
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