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Artigo – Compartilhar riscos e resultados

incentivos de curto prazo como oportunidade para o agronegócio brasileiro. Por Gustavo Siciliano, associado sênior da SG Comp Partners
Henrique RodartePor Henrique Rodarte26/02/2025Atualizado:04/03/2025
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O agronegócio é um dos setores mais voláteis da economia. Dependente de variáveis como clima, câmbio e oscilações de mercado, o setor apresenta riscos constantes que exigem uma gestão eficaz para manter a competitividade e a sustentabilidade financeira. Neste contexto, os programas de incentivos de curto prazo (ICP) podem ser ferramentas valiosas para equilibrar riscos e promover resultados sustentáveis.

A lei de participação nos lucros ou resultados (PLR) também oferece um importante diferencial ao setor ao possibilitar que as empresas que seguem as regras estabelecidas pela legislação implementem programas de ICP de forma eficiente, aproveitando os benefícios da ausência de natureza salarial e de habitualidade, assim como da bastante relevante isenção de contribuições sociais.

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O agronegócio é um setor muito sensível porque a sua natureza envolve altos custos de produção, prazos longos de colheita e margens pressionadas por fatores externos. A incerteza causada por eventos climáticos adversos ou alterações regulatórias pode desestabilizar os planos financeiros. Tornando necessário um modelo de gestão que permita flexibilidade e capacidade de resposta rápida.

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Estratégias de remuneração

Mesmo diante deste cenário, estratégias de remuneração bem desenhadas podem ser um importante diferencial. Os programas de incentivos de curto prazo permitem compartilhar riscos e resultados, engajando lideranças e colaboradores para que atuem como verdadeiros parceiros do negócio.

Para que um programa de incentivos seja eficiente, algumas boas práticas podem ser adotadas com o objetivo de reduzir os efeitos da volatilidade e reforçar o alinhamento de objetivos. Uma importante prática é a definição de limites claros de remuneração variável, estabelecendo um teto para os pagamentos, evitando que os ganhos se tornem desproporcionais em relação ao desempenho real da empresa. Este teto deve ser cuidadosamente definido: não pode ser alto demais, a ponto de comprometer o caixa da empresa em momentos críticos, nem tão baixo que desestimule os colaboradores. O equilíbrio deve levar em conta a alta imprevisibilidade do setor e a necessidade por recompensas sólidas.

Gatilhos

Outra boa prática é evitar metas com gatilhos estreitos demais. O gatilho é o pré-requisito mínimo (aceitável) de resultado para que ocorra o pagamento do incentivo de curto prazo. Quando o gatilho é muito próximo à meta, ele pode se tornar um obstáculo, gerando frustração logo nos primeiros meses do ciclo de metas se os resultados estiverem abaixo do esperado. Isso pode levar os profissionais a reduzirem seu empenho e até a postergarem esforços e investimentos para o ciclo seguinte, desistindo do ciclo atual e, consequentemente, comprometendo o desempenho geral. Programas bem desenhados devem prever metas realistas e revisões para manter o engajamento constante e evitar a desmotivação ao longo do período de apuração.

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Também é recomendado o diferimento de pagamentos. Parte da remuneração pode ser postergada e condicionada à permanência do colaborador na empresa, reforçando o compromisso com a continuidade e o desempenho de longo prazo. Além disso, essa parcela diferida pode ser corrigida com base em indicadores econômico-financeiros da empresa, alinhando ainda mais os interesses de todos com os resultados corporativos.

Outro ponto crucial é que o setor do agronegócio demanda indicadores que reflitam sua realidade financeira e operacional. Além das tradicionais métricas como EBITDA, margem percentual e lucro líquido, indicadores como geração de caixa operacional e redução do nível de endividamento são essenciais para medir e estimular a saúde financeira.

Benefícios de um programa de ICP bem estruturado

  1. Retenção de profissionais estratégicos: os colaboradores com alto desempenho tendem a permanecer em empresas que reconhecem e recompensam seus resultados de forma clara e consistente.
  2. Alinhamento de interesses: vincular os pagamentos variáveis aos resultados financeiros e operacionais promove uma cultura de comprometimento e corresponsabilidade.
  3. Gestão de riscos financeiros: com um modelo de remuneração que ajusta os custos em função do desempenho, é possível manter as despesas controladas em anos de baixa performance e recompensar adequadamente nos anos de crescimento.

Os benefícios são evidentes, porém é preciso tomar cuidado para evitar os erros mais frequentes na implementação de programas de ICP, como por exemplo a fixação de metas inalcançáveis, pois objetivos muito agressivos podem desmotivar em vez de engajar. Outros importantes pontos de atenção incluem a garantia do entendimento e transparência quanto ao funcionamento do plano aos participantes. Assim como o monitoramento e aprimoramento contínuo do desenho, já que programas de incentivo precisam ser revistos periodicamente. Isso para se manterem alinhados à realidade do mercado e às prioridades estratégicas da empresa.

Sustentabilidade dos negócios

Programas de Incentivo de Curto Prazo podem ser aliados-chave na sustentabilidade dos negócios. Isso tendo em vista que o setor do agronegócio exige, mais do que boas práticas de gestão financeira, estratégias de retenção e incentivo robustas, que compartilhem riscos e resultados de forma equilibrada. Um programa de incentivo bem desenhado pode ser o diferencial entre uma empresa que apenas reage às adversidades versus outra que lidera o mercado com resiliência e propósito.

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Investir em um ICP bem estruturado significa reconhecer que, no agronegócio, os desafios podem ser compartilhados, assim como os frutos do sucesso. Dessa forma, é possível transformar incertezas em oportunidades e reforçar a posição de mercado das empresas que buscam crescer de forma sustentável e consistente.

* Gustavo Siciliano, associado sênior da SG Comp Partners, consultoria especializada em gestão de remuneração

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente a opinião do Agro em Campo e de seus editores.

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Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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