A Barra Norte do Rio Amazonas registrou 49,7 milhões de toneladas movimentadas em 2024, alta de 4,4% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP). Os Terminais de Uso Privado (TUPs) responderam por 77,2% desse volume, consolidando o setor privado como motor da infraestrutura portuária na região.
Entre os produtos escoados destacam-se soja, milho e bauxita. Os grãos agrícolas, originários do Mato Grosso, têm como principal destino a China, enquanto a bauxita, extraída pela Mineração Rio do Norte (MRN) em Oriximiná (PA), é exportada para Canadá e Irlanda.
A ATP tem impulsionado a eficiência do corredor por meio de três eixos:
- Testes de calado: Navios já operaram com até 11,85 metros de calado, após autorização da Marinha (Portaria 07/2022-Com4ºDN).
- Levantamentos hidrográficos: Estudos atualizaram a carta náutica da região, identificando maior amplitude de marés para ampliar janelas de operação.
- Concessão do canal: Proposta em análise pelo MPor e Antaq busca transferir à iniciativa privada a gestão de manutenção, tráfego e sinalização náutica. Garantindo previsibilidade e segurança.
Contexto estratégico
A Barra Norte integra o Plano Geral de Outorgas Hidroviário, priorizado pelo governo federal, com investimentos previstos de R$ 500 milhões até 2024. O projeto faz parte de um pacote que inclui hidrovias como o Rio Madeira e o Rio Paraguai, com leilões previstos para 2025.
Segundo Murillo Barbosa, presidente da ATP, os avanços posicionam a região como “um dos principais corredores logísticos do país”. E isso é essencial para a competitividade do agronegócio e mineração no mercado global.
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