O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu mais de 933 toneladas de farinha animal adulterada em Arapongas, no Paraná. A operação, batizada de Ronda Farinha Batizada, contou com o apoio da Polícia Militar do Estado do Paraná (PM/PR).
Durante a fiscalização, os agentes inspecionaram dois endereços suspeitos de fabricar e comercializar farinha de origem animal sem registro. Os locais operavam sob condições sanitárias precárias e utilizavam selo de inspeção federal falsificado. A ação foi coordenada pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) e teve apoio do 8º SIPOA. Em geral, os fiscais encontraram matérias-primas e produtos acabados em situação irregular, segundo as normas do Mapa. Além disso, a equipe identificou a presença de ingredientes sem procedência, misturas proibidas e diluições fora do padrão legal. Segundo o Mapa, os produtos vinham de estabelecimentos clandestinos e não registrados junto ao órgão.
Suspensão das atividades
Ao final da operação, os fiscais emitiram dois termos de suspensão de atividades, um auto de infração e um termo de apreensão. O total apreendido foi de 933.600 quilos de produtos, gerando prejuízo estimado de R$ 2,3 milhões aos responsáveis.
A auditora fiscal federal agropecuária, Andréa Mônica Moretti Barbosa, participou da operação e fez um alerta. Segundo ela, o uso desses produtos compromete a saúde do rebanho e pode gerar riscos à saúde humana. “A farinha animal sem registro pode conter resíduos perigosos, com impactos negativos na cadeia produtiva e na saúde pública”, destacou Andréa.
Ao mesmo tempo, o Mapa reforça que todos os produtos para alimentação animal devem vir de estabelecimentos com registro no ministério. Portanto, o número de registro deve estar visível no carimbo de fiscalização federal impresso na embalagem.
Caso o consumidor encontre produtos sem esse carimbo, deve denunciar por meio da plataforma Fala.BR. Também é possível verificar a autenticidade do número de registro no site oficial do Mapa.
A operação teve como foco coibir a falsificação de selos de inspeção e a produção clandestina de ração animal. Além dos riscos sanitários, o Mapa destaca que a prática configura concorrência desleal. Empresas que atuam de forma irregular prejudicam aquelas que seguem rigorosamente a legislação vigente. Por isso, ações como essa são essenciais para garantir a segurança alimentar e proteger o mercado legal.
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