Um ranking do site americano TasteAtlas colocou a cajuína entre as três piores bebidas do Brasil. A lista, que excluiu votos de brasileiros para priorizar opiniões estrangeiras, gerou revolta entre os defensores da bebida, considerada um patrimônio cultural do Nordeste.

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Com nota 3,8 de 5, a cajuína ficou atrás apenas da catuaba e da cachaça. A avaliação, embora não seja ruim, surpreendeu quem conhece a importância histórica e afetiva da bebida.

Mais que um refresco, um símbolo cultural

Feita artesanalmente a partir do suco clarificado do caju, sem álcool e sem gás, a cajuína tem cor dourada e sabor suave. Ela é parte da identidade nordestina, celebrada até na música “Cajuína”, composta por Torquato Neto e Belchior e imortalizada por Caetano Veloso.

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Para os críticos do ranking, a avaliação reflete um desconhecimento da cultura brasileira. “Gosto também é expressão cultural. Quem cresceu tomando cajuína sabe o valor que ela tem”, dizem defensores da bebida.

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Apesar da polêmica, a cajuína segue sendo um símbolo de resistência e afeto no Nordeste. Enquanto estrangeiros podem não entender seu significado, para os brasileiros – especialmente os nordestinos –, ela continua sendo memória líquida de um povo. E isso, nenhuma lista pode mudar.

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