Resumo da notícia
- Proton, um cavalo árabe puro-sangue de 12 anos, foi presenteado ao Papa Leão XIV pelo criador polonês Andrzej Michalski, tornando-se o mais novo hóspede ilustre do Vaticano em Castel Gandolfo.
- Durante a audiência geral, o Papa conduziu Proton, simbolizando a união entre fé, natureza e paz diante dos fiéis.
- A raça árabe, conhecida por sua elegância, resistência e história de mais de 4 mil anos, é valorizada por sua nobreza e influência genética em outras raças.
- Proton descende de linhagem nobre, com parentesco ligado aos Estados Unidos e à princesa jordaniana Alia Al Hussein, e será cuidado pela Santa Sé em ambiente especializado.
Um cavalo branco, de crina sedosa e olhar sereno, agora pasta tranquilo nos jardins de Castel Gandolfo, antiga residência de verão dos papas. O nome dele é Proton, um puro-sangue árabe de 12 anos que cruzou mares e fronteiras para se tornar o mais novo hóspede ilustre do Vaticano.
O presente chegou das mãos do criador polonês Andrzej Michalski, de Kołobrzeg-Budzistowo, e foi entregue pessoalmente durante a audiência geral do Papa Leão XIV, no dia 15 de outubro. Inspirado por uma antiga foto em que o então cardeal, hoje Papa, aparecia montado a cavalo no Peru, Michalski decidiu oferecer um exemplar digno da batina branca. “Um cavalo que fosse puro e luminoso como o Papa”, disse ele em entrevista ao Vatican News.
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O Santo Padre, surpreso e visivelmente encantado, segurou as rédeas de Proton e chegou a conduzir o animal por alguns passos. Enquanto os flashes disparavam e os aplausos ecoavam na praça, a cena transformou-se numa metáfora viva do encontro entre fé e natureza — o líder da Igreja guiando, com suavidade e firmeza, um símbolo de força, graça e paz.

Raça que atravessa séculos
O cavalo árabe puro-sangue é uma das raças mais antigas do mundo. Desde tempos imemoriais, há registros de sua presença nas areias do deserto, datando de mais de 4 mil anos. Os beduínos criavam os cavalos árabes como membros da família, permitindo que dormissem junto às tendas. Eles escolhiam os animais pela lealdade e pela resistência demonstradas nas longas travessias do deserto.
Com o passar dos séculos, o árabe ganhou fama mundial por sua elegância natural. Com o pescoço arqueado, as orelhas pequenas e a cauda erguida como bandeira ao vento, ele é um retrato de harmonia e nobreza. Além disso, graças à sua incrível resistência, consegue percorrer longas distâncias sem demonstrar cansaço e reage com docilidade a quem o trata com confiança. Não por acaso, a raça árabe serviu de base genética para o desenvolvimento de várias outras raças modernas, especialmente as voltadas a competições de resistência e adestramento.
Linhagem nobre
Proton, o cavalo presenteado ao Papa, descende de uma linhagem respeitada. Seu pai é oriundo dos Estados Unidos, enquanto sua mãe pertenceu à princesa Alia Al Hussein, da Jordânia. Criado inicialmente em uma tradicional fazenda polonesa, Proton foi treinado com paciência, técnica e cuidado, até se tornar o presente ideal, símbolo de pureza, força e diplomacia entre nações.
Agora, o animal permanecerá sob os cuidados da Santa Sé, no centro equestre de Castel Gandolfo, na Itália. Lá, Proton será tratado por veterinários e cuidadores especializados, em um ambiente de tranquilidade e natureza exuberante. Assim, o presente do criador polonês se transforma em um novo capítulo na convivência entre fé e criação. Proton é um cavalo que não apenas galopa, mas inspira.
Um presente com significado
A entrega de Proton não foi apenas um gesto de cortesia. Carrega um simbolismo profundo: a união entre culturas, a continuidade das tradições e o reconhecimento da espiritualidade como ponte entre povos.
Para Michalski, oferecer um cavalo branco ao Papa foi uma forma de “transformar uma imagem antiga em ato de gratidão”. Para o Vaticano, o gesto ecoa como lembrança de simplicidade e humildade — virtudes que o próprio Leão XIV costuma pregar.

Enquanto Proton relincha baixinho nos estábulos de Castel Gandolfo, há quem veja ali mais do que um presente. É um lembrete de que, às vezes, o sagrado se manifesta nas formas mais inesperadas — até no trote compassado de um cavalo árabe ao pôr do sol.