Resumo da notícia
- O leilão Cup of Excellence Brazil 2025 arrecadou R$ 1,792 milhão após quase nove horas, destacando a qualidade, sustentabilidade e diversidade dos cafés especiais brasileiros.
- Recebeu 2.507 lances de cerca de 30 países, com preço médio recorde de US$ 20,51 por libra-peso, reforçando a valorização internacional dos cafés nacionais.
- Lotes campeões alcançaram preços elevados, com destaque para a variedade Arara e Geisha, arrematados por compradores do Japão, Estados Unidos, China e Brasil.
O leilão do Cup of Excellence Brazil 2025 movimentou o mercado de cafés especiais. O pregão destacou qualidade, sustentabilidade e diversidade da produção nacional. O evento arrecadou R$ 1,792 milhão, após quase nove horas de disputa (confira o resultado aqui).
O pregão registrou 2.507 lances enviados por empresas de cerca de 30 países da Europa, Ásia, Oriente Médio e Américas. O valor arrecadado somou US$ 329.694,59, resultado que garantiu o segundo maior preço médio da história do concurso.
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Preço da elite do café
O preço médio alcançou US$ 20,51 por libra-peso. O valor corresponde a US$ 2.713 por saca de 60 quilos, aproximadamente R$ 15 mil. A Associação Brasileira de Cafés Especiais organizou o concurso em parceria com ApexBrasil e Alliance for Coffee Excellence.
O diretor-executivo da BSCA, Vinicius Estrela, celebrou o desempenho do leilão. Ele afirmou que o resultado reforça a essência do Cup of Excellence. Estrela destacou a valorização dos cafés nacionais, disputados por compradores de vários continentes. Ele ressaltou que os produtores investem em sustentabilidade, inovação e tecnologia para atender mercados exigentes.
Compradores de vários países
O leilão reuniu 23 empresas de países como Arábia Saudita, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Malásia, Noruega e Brasil. Esses compradores levarão os cafés da safra 2025 para consumidores de todos os continentes. Estrela afirmou que o desempenho reforça a diversidade e a origem rastreável da produção brasileira.
O diretor destacou também o reconhecimento internacional das variedades brasileiras. Ele comemorou a valorização das características sensoriais e dos processos sustentáveis aplicados pelos produtores.
Maior lance para variedade Arara
O maior lance foi para o lote campeão da categoria Via Seca, variedade Arara. O café foi produzido na Fazenda Aracaçu, em Três Pontas, Sul de Minas. Um consórcio japonês formado por Snow Beans Coffee, Assist Coffee Roastery e Kurihara Coffee Roasters pagou US$ 65,10 por libra-peso pela primeira fração. O valor equivale a US$ 8.611,43 por saca, ou R$ 46.803,11. A Angelino’s Coffee, dos Estados Unidos, arrematou a segunda parte por US$ 65 por libra-peso. A saca custou US$ 8.598,20, ou R$ 46.731,22.
Categoria Experimental
Na categoria Experimental, o lote campeão foi a variedade Geisha, da Fazenda Rio Verde, em Conceição do Rio Verde, na Mantiqueira de Minas. O Grupo Cafeza, do Brasil, arrematou a primeira parte por US$ 61,40 por libra-peso. O valor corresponde a US$ 8.121,99, ou R$ 44.143,03 por saca. A empresa chinesa DECAMERON咖啡 十日谈 pagou US$ 61,30 por libra-peso pela segunda fração. A saca custou US$ 8.108,76, ou R$ 44.071,13.
Categoria Via Úmida
O campeão da categoria Via Úmida foi a variedade Arara, produzida na Fazenda Água Limpa, em Campos Altos, no Cerrado Mineiro. A primeira parte do lote alcançou US$ 55,10 por libra-peso. Snow Coffee Beans, do Japão, e YN Coffee, da China, pagaram US$ 7.288,63, ou R$ 39.613,69 por saca. A segunda fração foi arrematada pela japonesa HoneyCoffee por US$ 40,60 por libra-peso. A saca custou US$ 5.370,57, ou R$ 29.189,04.
O dólar foi cotado a R$ 5,435 no fechamento de 9 de dezembro de 2025.
Cup of Excellence
O Cup of Excellence integra o projeto “Brazil. The Coffee Nation”, promovido pela BSCA e ApexBrasil. A iniciativa fortalece a presença dos cafés especiais brasileiros no mercado internacional. O projeto busca reforçar os pilares de qualidade, diversidade e sustentabilidade da cafeicultura nacional.
A ação apresenta o Brasil como referência global em produção sustentável. O projeto investe em qualificação e diversificação, com apoio aos produtores de café canéfora. Ele também incentiva certificações e valoriza cafés produzidos por mulheres, promovendo equidade de gênero no setor.
Os mercados-alvo incluem África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan para cafés crus especiais. Para produtos industrializados, o foco inclui Canadá, Chile, China e Estados Unidos.