As vendas de flores para o Dia Internacional da Mulher cresceram 8% em 2025, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). A data, comemorada neste sábado (8/3), já ocupa a terceira posição no ranking de vendas do setor, ficando atrás apenas do Dia das Mães e do Dia dos Namorados.
Apesar do Carnaval tardio ter atrasado parte das vendas, o fato de a celebração cair em um sábado impulsionou o mercado. “As pessoas têm mais tempo para comprar, o que favoreceu o setor”, explica Renato Opitz, diretor do Ibraflor.
Rosas e orquídeas lideram as vendas
O Dia da Mulher representa 8% do faturamento anual do setor de flores e plantas ornamentais no Brasil. Rosas e orquídeas continuam como as mais procuradas. “A demanda por orquídeas vem crescendo nos últimos anos”, afirma Opitz. Ele destaca que essas flores se tornaram mais acessíveis, são duráveis e fáceis de cuidar. “Supermercados e garden centers oferecem preços atrativos para esses produtos”, acrescenta.
Além de rosas e orquídeas, espécies como alstroemerias, gypsophilas, tangos e ruscus também são populares na composição de buquês. “O setor trabalha com mais de 400 espécies de flores, atendendo diferentes perfis de consumidores”, ressalta Opitz.
Procura por plantas ornamentais aumenta
Nos últimos anos, a busca por plantas ornamentais, como suculentas, também cresceu. “Elas continuam na moda, pois são fáceis de cuidar, resistentes e se adaptam a diversos ambientes”, explica Opitz.
Custos pressionam setor, mas preços se mantêm estáveis
O Ibraflor não divulga estimativas de faturamento para a data, mas projeta estabilidade nos preços ao consumidor em relação ao ano passado. No entanto, produtores enfrentam custos mais altos devido à valorização do dólar, que encarece os insumos.
Além disso, as temperaturas elevadas nos últimos dois meses aumentaram os gastos com refrigeração e consumo de água. “Esses fatores reduzem um pouco a rentabilidade dos produtores”, conclui Opitz.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Tatu-canastra gigante é flagrado em estrada do Tocantins
+ Agro em Campo: Prêmio da soja brasileira sobe 70% após taxa da China contra EUA