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    Brasil descreve 60 novas espécies de insetos em biomas ameaçados

    Pesquisa da Embrapa revela segredos da biodiversidade e alerta para conservação
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte26/03/2025
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    novas especies
    Foto: Divulgação Embrapa
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    Uma colaboração internacional liderada pela Embrapa acaba de descrever 60 novas espécies de psilídeos – insetos conhecidos como “piolhos-de-planta saltadores” – em biomas críticos como Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. O estudo foi publicado na revista Zootaxa após mais de uma década de pesquisa. E expõe a riqueza invisível da biodiversidade brasileira. Além de alertar para o risco de espécies desaparecerem antes mesmo de serem catalogadas.

    Os psilídeos (superfamília Psylloidea) são insetos minúsculos, mas com papéis ecológicos gigantescos. Algumas espécies combatem plantas invasoras, como a Melanastera smithi, testada contra a Miconia calvescens no Havaí.

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    Elas também são Indicadores ambientais. Como são sensíveis a mudanças, ajudam a monitorar a saúde dos ecossistemas. Enquanto espécies como o Diaphorina citri transmitem doenças a citros, outras podem revolucionar o controle biológico.

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    O estudo, que percorreu 15 estados brasileiros entre 2011 e 2021, usou DNA barcoding e análise morfológica para identificar as novas espécies, incluindo 59 do gênero Melanastera e uma de Klyveria. “Cada descoberta é uma peça para entender o quebra-cabeça da biodiversidade”, afirma Dalva Queiroz, pesquisadora da Embrapa Florestas e coautora do trabalho.

    Biomas sob pressão: Amazônia e Cerrado escondem espécies ameaçadas

    A pesquisa coincide com um cenário alarmante:

    • Amazônia: 14% da cobertura florestal já foi perdida.
    • Cerrado: 50% da vegetação nativa foi convertida para agricultura.
    Autores Dalva Queiroz e Daniel Burckhardt em campo. Foto: Divulgação Embrapa

    “Ambientes degradados podem abrigar espécies únicas que sequer conhecemos. Se desaparecerem, perdemos oportunidades científicas e ecológicas irreparáveis”, alerta Daniel Burckhardt, entomólogo do Naturhistorisches Museum Basel (Suíça) e coautor do estudo.

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    Da teoria à prática: como as novas espécies impactam a agricultura e a conservação

    Controle de Pragas: Espécies nativas, como o psilídeo da erva-mate (Gyropsylla spegazziniana), exigem manejo preciso para evitar prejuízos. Invasoras, como a Diaphorina citri (transmissora do greening dos citros), são monitoradas com base nos dados do estudo.

    Coleções científicas na USP, UFPR e Embrapa Amazônia Ocidental armazenam espécimes para futuras pesquisas. “O conhecimento sobre essas espécies é vital para desenvolver bioinsumos e proteger cultivos”, explica Queiroz.

    Como são batizadas as novas espécies? histórias por trás dos nomes

    A taxonomia mistura ciência e poesia. A pesquisadora Liliya Š. Serbina, primeira autora do estudo, homenageou familiares e colegas:

    • Melanastera olgae: Em tributo à sua mãe, Olga.
    • Melanastera barretoi: Referência ao professor Marliton Barreto, da Embrapa.
    • Klyveria flaviae: Nomeada em honra à filha da coautora Dalva Queiroz.

    “Nomear espécies é perpetuar legados. Cada uma carrega uma história”, destaca Serbina.

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    Desafios e futuro: por que precisamos de mais pesquisas?

    Porém, o estudo é apenas o início. Cientistas calculam que existam mais de mil espécies de psilídeos no Brasil – a maioria ainda desconhecida. O projeto capacitou agentes fitossanitários e estudantes em taxonomia, fortalecendo a defesa agrícola.

    Foto: Divulgação Embrapa

    “Sem investimento contínuo, perderemos espécies que poderiam salvar ecossistemas ou impulsionar a agricultura sustentável”, reforça Burckhardt.

    Como apoiar a conservação?
    • Fortalecer políticas ambientais: Combater desmatamento e invasões em unidades de conservação.
    • Investir em ciência: Ampliar recursos para estudos taxonômicos e monitoramento de biomas.
    • Engajamento público: Divulgar a importância de insetos pouco carismáticos, mas ecologicamente cruciais.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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