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    Quitosana pode substituir ácido sulfúrico na produção de etanol

    Luna AmaroPor Luna Amaro03/08/2025
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    Foto: Divulgação - Agência Brasil
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    Resumo da notícia

    • Pesquisadores da UFSCar criaram um método sustentável que utiliza quitosana extraída de resíduos de camarão e melaço de cana para substituir o ácido sulfúrico na produção industrial de etanol, reduzindo riscos e impactos ambientais.
    • A quitosana, conhecida por suas propriedades antimicrobianas, mostrou eficiência contra bactérias contaminantes sem prejudicar a levedura usada na fermentação, mantendo a qualidade do processo sucroenergético.
    • O processo inovador usa fermentação lática para extrair quitina dos resíduos de camarão e melaço de cana como fonte de carbono, promovendo economia circular ao reaproveitar subprodutos e reduzir custos.
    • Três empresas já demonstraram interesse em parcerias para testar a técnica em escala industrial, que além de substituir o ácido sulfúrico, pode gerar produtos com diferentes aplicações, como embalagens biodegradáveis e microesferas para medicamentos.

    Resumo gerado pela redação.

    Pesquisadores da UFSCar desenvolveram um método sustentável para substituir o ácido sulfúrico no processo industrial do etanol. A técnica utiliza quitosana, um polímero com propriedades antimicrobianas, extraído de resíduos de camarão e melaço de cana.

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    Uso da quitosana

    A quitosana já é usada na agricultura, indústria e setor farmacêutico. Serve para combater pragas, produzir embalagens biodegradáveis e fabricar curativos e medicamentos. Agora, um estudo conduzido no Campus de Araras mostra que ela também pode atuar na indústria sucroenergética.

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    A pesquisadora Sandra Regina Ceccato Antonini, do Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconomia Rural da UFSCar, liderou o projeto. Ela explica que a ideia surgiu ao buscar antimicrobianos naturais para reduzir riscos na produção de bioetanol. Hoje, o setor utiliza ácido sulfúrico, produto corrosivo que pode causar acidentes.

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    Diferencial da pesquisa

    O diferencial da pesquisa está no método de obtenção. A equipe desenvolveu um processo para extrair quitina, precursora da quitosana, a partir de resíduos de camarão. Para isso, usou fermentação lática com bactérias produtoras de ácido e enzimas proteolíticas. Em seguida, converteu a quitina em quitosana por desacetilação.

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    Os testes iniciais comprovaram a eficiência da quitosana contra bactérias contaminantes sem afetar a levedura usada na fermentação. Depois, os pesquisadores substituíram o meio de cultura caro por melaço de cana, um subproduto da produção de açúcar. A mudança manteve a mesma eficácia.

    A equipe também adaptou o processo para produzir quitosana de baixo peso molecular, com maior atividade antimicrobiana. Em testes de bancada, a quitosana reduziu as bactérias com a mesma eficiência do ácido sulfúrico.

    Economia circular e inovação

    Segundo Antonini, o uso do melaço como fonte de carbono é inédito. Além de reduzir custos, o método aproveita resíduos, reforçando a economia circular. A técnica também permite ajustar a desacetilação para gerar quitosanas com diferentes aplicações, como filmes para embalagens e microesferas para encapsular antibióticos.

    A pesquisadora destaca outro avanço: revestimentos com quitosana de melaço melhoraram embalagens de café especial, preservando a qualidade sensorial. Agora, a equipe trabalha na formulação de um produto específico para o setor sucroenergético. Três empresas já demonstraram interesse em parcerias para testes em escala industrial.

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    Impacto ambiental e futuro

    A substituição do ácido sulfúrico reduz riscos ambientais e aproveita resíduos agroindustriais. Embora a etapa de desacetilação ainda utilize base química, estudos apontam para a possibilidade de processos biológicos com enzimas fúngicas. “Estamos focados na viabilidade técnica. Em termos ambientais, os ganhos são expressivos, com menor impacto químico e reaproveitamento de resíduos”, afirma Antonini.

    O próximo passo será avaliar a viabilidade econômica e testar a tecnologia em escala industrial. Se aprovada, a solução pode transformar a produção de bioetanol no Brasil.

     

    etanol quitosana UFSCar
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