Resumo da notícia
- O Brasil conquistou 58 medalhas no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, realizado em setembro na França, incluindo 10 ouros, 18 pratas e 30 bronzes, destacando-se entre 1.900 queijos de 26 países.
- A Estância Silvania (SP) brilhou com três ouros, incluindo queijos maturados com gengibre e urucum, enquanto o projeto Biopark (PR) conquistou dois ouros com queijos adaptados ao paladar brasileiro, como Passionata e Abaporu.
- O sistema de avaliação premiou queijos com notas acima de 80 pontos, sendo ouro para mais de 90, prata entre 85 e 90, e bronze acima de 80, com um júri internacional de mais de 220 profissionais avaliando os produtos.
- A próxima edição do mundial ocorrerá em São Paulo, de 16 a 19 de abril de 2026, fortalecendo a parceria entre Brasil e França e promovendo intercâmbio entre os produtores dos dois países.
Produtores brasileiros celebram resultado histórico no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers. O Brasil conquistou 58 medalhas na competição de queijos realizada entre 14 e 16 de setembro em Tours, França.
A 7ª edição do mundial reuniu mais de 1.900 queijos de 26 países. Um júri internacional com mais de 220 profissionais avaliou os produtos. No total, mais de 860 queijos receberam medalhas.
Estados como São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Amazonas e Bahia enviaram representantes. Os produtos brasileiros conquistaram 10 medalhas de ouro, 18 de prata e 30 de bronze.
- Anvisa proíbe venda de marca de azeite por irregularidades sanitárias
- Agropecuária lidera criação de empregos no Brasil com 206 mil novas vagas
O sistema de avaliação considera notas de 0 a 100 pontos. Queijos com mais de 90 pontos recebem ouro. Entre 85 e 90 pontos, conquistam prata. Acima de 80 pontos, levam bronze.
Estância Silvania lidera conquistas brasileiras
A Estância Silvania, de Caçapava (SP), destaca-se entre os medalhistas. A propriedade conquistou três das dez medalhas de ouro brasileiras. Dois queijos e um iogurte natural representam o sucesso da fazenda.
O Dom Silvania traz maturação com gengibre e urucum. Sua casca recebe cera de abelha natural. O Real Silvania apresenta massa cozida com maturação de 60 dias. Ambos utilizam leite da raça Gir Leiteiro A2.
O projeto Biopark, de Toledo (PR), também conquistou dois ouros. A instituição desenvolve cerca de 100 variedades de queijos há seis anos. O programa conta com 29 produtores rurais associados.
“Adaptamos queijos europeus à realidade brasileira”, explica Kennidy Bortoli, pesquisador do projeto. O Abaporu e o Passionata representam essa filosofia de adaptação local.
O queijo Passionata traz notas de maracujá em sua composição. Em 2024, o produto ficou entre os 10 melhores do mundo no World Cheese Awards.
Medalhistas de ouro brasileiros

- Queijo maturado com café – Queijaria Tradição D’Lourdes (Autazes, AM)
- Camponês Carrara – Rancho das Vertentes (Barbacena, MG)
- Real Silvania – Estância Silvania (Caçapava, SP)
- Dom Silvania – Estância Silvania (Caçapava, SP)
- Iogurte Natural – Estância Silvania (Caçapava, SP)
- Passionata – Biopark Educação (Toledo, PR)
- Abaporu – Biopark Educação (Toledo, PR)
- Benzinho – BelaFazenda (Bofete, SP)
- Queijo Fazenda Santo Antônio (Alagoa, MG)
- Requeijão cremoso – Laticínios São João (Cruzília, MG)
Competição internacional acirrada
O grande campeão do mundial foi o Gruyère AOP suíço. A Fromagerie La Côte-Aux-Fées produziu o queijo vencedor. Outros 11 finalistas vieram de países europeus, além de Madagascar.
Roland Barthélemy anunciou a próxima edição brasileira. O mundial acontecerá em São Paulo de 16 a 19 de abril de 2026. O teatro B32 receberá o evento.
Os mundiais francês e brasileiro alternam anos de realização. A parceria fortalece o intercâmbio entre produtores dos dois países.