Arroz

O Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS fechou outubro em R$ 58,00 a saca de 50 quilos, queda de 6,2% frente a setembro. Na comparação com outubro de 2024, a baixa chegou a 51,4% em termos nominais, refletindo oferta mais folgada e demanda mais lenta.

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Indústrias relataram forte redução nas vendas entre setembro e outubro e, por isso, compraram apenas para repor estoques imediatos. Além disso, agentes permaneceram atentos às medidas anunciadas pela Conab e, por cautela, retardaram novas aquisições.

Café

O Cepea apurou forte oscilação nos preços do café arábica e do robusta ao longo de outubro, em cenário ainda indefinido no comércio externo. Produtores reduziram as vendas no spot e priorizaram negócios pontuais, o que limitou a liquidez no mercado interno.

Houve atenção do setor à possível retirada do café da lista de produtos brasileiros com tarifação extra pelos Estados Unidos, mas nada foi definido. Assim, agentes seguiram cautelosos e observaram o câmbio, a oferta ajustada e o clima no Brasil e no Vietnã.

As chuvas de primavera favoreceram lavouras de arábica e melhoraram o robusta no Espírito Santo; porém, floradas da safra 2026/27 ainda dependem de novas precipitações para bom pegamento.

Algodão

O preço médio do algodão em pluma medido pelo Indicador CEPEA/ESALQ ficou em R$ 3,5176 por libra-peso em outubro, queda de 5,16% sobre setembro. Em relação a outubro do ano anterior, o recuo foi de 12,7%, levando a média ao menor nível em 16 anos, deflacionada pelo IGP-DI.

O Cepea atribuiu o movimento à oferta nacional recorde, ao consumo doméstico e externo contidos e às cotações internacionais e do dólar em patamares mais baixos. Com isso, as negociações no spot ocorreram de forma pontual, enquanto muitos agentes focaram no cumprimento de contratos a termo e no plantio da nova temporada.

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Fonte: CEPEA/USP – 05/11/2025

Resumo final

  • Café segue volátil por incerteza tarifária nos EUA, clima e oferta ajustada, o que reduz liquidez no spot.

  • Arroz no RS encerra outubro a R$ 58/saca, 51,4% abaixo de um ano antes, com indústria comprando só para reposição.

  • Algodão registra média mais baixa desde 2009 diante de oferta recorde e demanda limitada.