O aumento das temperaturas no Brasil tem se tornado um dos maiores desafios para o agronegócio, com especialistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Agronômico (IAC) alertando que esse cenário deve se intensificar nos próximos anos. O calor extremo registrado nos primeiros meses de 2025 têm preocupado pesquisadores e produtores, que enfrentam dificuldades com a irregularidade das chuvas e o aumento da temperatura média.
Segundo dados do Posto Meteorológico “Jesus Marden do Santos”, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP), a temperatura média em fevereiro foi de 25,5°C, acima da média histórica. As máximas chegaram a 35-37°C em algumas regiões, impactando diretamente o desenvolvimento das culturas e reduzindo o potencial produtivo.
Impactos no agronegócio
O setor cafeeiro é um dos mais afetados pelas temperaturas elevadas. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que a combinação de chuvas abaixo do esperado e calor intenso prejudicou a formação dos grãos na safra atual. Outras culturas como hortaliças e grãos também são afetadas pela falta de água adequada.
A previsão é que as ondas de calor continuem intensificando-se, reforçando a necessidade por estratégias eficientes para mitigar os impactos climáticos. A avicultura brasileira também sofre com as altas temperaturas, que comprometem a saúde das aves e reduzem sua produtividade.
Tecnologia como solução
Diante desse cenário desafiador, tecnologias inovadoras estão sendo adotadas para otimizar o manejo da água e melhorar a saúde do solo. Produtos como os desenvolvidos pela Hydroplan-EB ajudam na eficiência hídrica ao maximizar a absorção da água pelas plantas durante períodos críticos.
“Essas soluções são fundamentais para reduzir consumo excessivo de água enquanto evitamos perdas nas lavouras”, destaca Loremberg Moraes, diretor da Hydroplan-EB. “Melhoramos significativamente tanto na absorção quanto na retenção no solo.”
A combinação entre tecnologia avançada e boas práticas agrícolas pode não apenas mitigar os impactos negativos do calor extremo. Mas também construir um setor mais sustentável para enfrentar os desafios futuros.
Com mudanças climáticas cada vez mais imprevisíveis, adaptar-se já não é uma escolha; tornou-se uma necessidade vital para garantir alimentos saudáveis em abundância no futuro.
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