Resumo da notícia
- A Epamig apresentou projeto aprovado pela Fapemig que utiliza bioflocos para criar tilápias jovens, visando reduzir custos, economizar água e diminuir o impacto ambiental na piscicultura mineira.
- O sistema de bioflocos aproveita microrganismos como alimento natural, reduzindo o uso de ração e poluição, além de otimizar o manejo e o tempo de engorda dos peixes.
- O projeto inclui estudos com o acará-bandeira, espécie ornamental, para diversificar a produção e fortalecer o comércio local, beneficiando pequenos produtores.
- As pesquisas, realizadas em parceria com a UFMG, seguem até 2027 com testes em várias regiões de MG e resultados serão divulgados por meio de eventos e publicações.
Resumo gerado pela redação.
A Epamig apresentou novas pesquisas voltadas à tilapicultura durante o Dia de Campo da Piscicultura Top Fish, em Rio Piracicaba (MG). O projeto, aprovado pela Fapemig, propõe criar tilápias jovens em sistemas de bioflocos. O evento, promovido pela Emater-MG, Prefeitura de Rio Piracicaba e Top Fish, reuniu produtores, técnicos e pesquisadores. O tema central foi “Criação de Tilápia em Tanque Escavado e Beneficiamento de Pescado”.
Projeto busca reduzir custos e ampliar produção
Os pesquisadores Alexmiliano Vogel e Franklin Costa apresentaram o projeto “Recria de Juvenis de Tilápia e Acará-Bandeira em Bioflocos visando Redução do Custo de Produção e Uso de Commodities”. A proposta pretende fortalecer a piscicultura mineira e ampliar a oferta de alimentos e peixes ornamentais com menor custo e impacto ambiental.
Franklin explicou que o sistema de bioflocos utiliza microrganismos da água como alimento natural. A tecnologia reduz o uso de ração, economiza água e diminui a poluição. O estudo também vai definir tamanhos ideais para transferir os peixes aos tanques-rede, o que pode melhorar a saúde animal e reduzir o tempo de engorda.
Pesquisas incluem espécies ornamentais
O projeto também contempla o acará-bandeira, espécie valorizada no mercado ornamental e em expansão na aquicultura. Segundo Franklin, o manejo em bioflocos vai aprofundar estudos sobre densidade, alimentação e adaptação. Os resultados podem fortalecer o comércio e criar oportunidades para pequenos produtores diversificarem a produção.
Registrado sob o número PPE-00022-23, o projeto é desenvolvido em parceria com a UFMG. Os primeiros testes sobre densidade de estocagem e manejo alimentar já acontecem na universidade, em Belo Horizonte. As próximas etapas ocorrerão nos Campos Experimentais da Epamig, em Felixlândia e Leopoldina. A infraestrutura está sendo adaptada para garantir segurança ao sistema produtivo.
As pesquisas devem seguir até 2027. A Epamig divulgará os resultados por meio de visitas técnicas, publicações e eventos de difusão.
Resultados aplicados à tilapicultura
Além da apresentação do novo projeto, o Dia de Campo mostrou resultados de pesquisas já aplicadas na produção de alevinos de tilápia. Os temas abordaram reprodução, nutrição e manejo, com destaque para dados recentes sobre cultivo de larvas, alevinos e juvenis. “Momentos como esse nos aproximam dos principais atores da cadeia produtiva. É uma oportunidade para apresentar avanços, alinhar expectativas e compreender demandas do setor”, concluiu Franklin.
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