Período crítico de seca deve durar até quarta-feira
Foto: divulgação - Agência Brasil/Rovena Rosa

O clima seco continua pressionando a capital e o interior de São Paulo. A Defesa Civil do Estado mantém alerta máximo para queimadas. A combinação de baixa umidade e ventos fortes mantém o risco elevado em quase todo o território paulista. Regiões como Ribeirão Preto, Bauru, Araraquara e Presidente Prudente estão em nível de emergência.

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O Vale do Paraíba, a Região Metropolitana de São Paulo e o litoral sul concentram o alerta vermelho. Nessas áreas, o fogo se propaga com facilidade devido às condições climáticas extremas. Segundo a Defesa Civil, o período de estiagem exige atenção redobrada das equipes municipais e estaduais. O órgão alerta que o cenário deve piorar até hoje (6).

A faixa leste do estado, que inclui o Vale do Ribeira e o litoral norte, deve entrar em situação de emergência nesta segunda. A previsão indica melhora gradual a partir de quarta-feira (8).
Neste domingo (5), grandes incêndios atingiram Presidente Venceslau, Presidente Prudente, Espírito Santo do Pinhal e Itapura, sem registro de vítimas.

Reservatórios operam próximos do limite crítico

A seca intensa também afeta o abastecimento de água. Os reservatórios paulistas perdem cerca de 0,3% das reservas por dia.
Neste domingo (5), o nível médio estava em 30,3%, valor considerado crítico. O Sistema Cantareira, maior do estado, já está em situação emergencial desde 1º de outubro.

Maranhão lidera queimadas no país

Em nível nacional, o Maranhão ultrapassou o Mato Grosso e agora lidera os registros de queimadas em 2025. O estado soma 11.511 focos, número 4% menor que o de 2024. Entre os grandes estados com queimadas, o Maranhão é o único sem queda significativa nos últimos três anos.

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O Mato Grosso, destaque negativo em 2024, reduziu 80% dos focos, mas continua em segundo lugar, com 9.399 registros. O Tocantins aparece em terceiro, com 8.849 focos e queda de 42%.

Até outubro, o Brasil contabilizou 81.374 focos de incêndio, redução de 62% frente a 2024. É o menor número da década, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).