O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, elogiou a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de devolver parte do texto da MP 1.227/2024 ao Executivo. “O consenso prevaleceu. Mostramos aos parlamentares e ao governo que essa medida provisória não poderia prosperar e que ela iria trazer sérias consequências para o setor produtivo”, afirmou Martins.
Pouco antes do anúncio de Pacheco, Martins, acompanhado pelo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, e a senadora Teresa Cristina, se reuniu com o presidente do Senado. Durante a reunião, alertaram sobre os riscos e impactos negativos da MP. “Precisamos reconhecer a busca pelo consenso do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que devolveu parte do texto. Foi a maneira mais adequada”, disse Martins.
Martins destacou que a decisão trouxe alívio aos produtores rurais e à cadeia produtiva. “Esperamos que outras medidas, no futuro, sejam discutidas com o setor produtivo. Estamos dispostos a dialogar para que determinadas medidas não impactem no bolso dos produtores e dos contribuintes”, completou.
Neste sentido, o presidente da FPA, Pedro Lupion, reforçou a importância do diálogo no Congresso Nacional. “Nosso agradecimento ao presidente, às entidades e a todos os parlamentares que estiveram mobilizados neste exercício”, afirmou.
Alívio entre o setor agrícola
A senadora Teresa Cristina também expressou alívio com a devolução da MP, destacando que a medida teria impactado negativamente a agropecuária brasileira. “Que possamos continuar trabalhando, gerando emprego, pagando impostos e fazendo o desenvolvimento do nosso país”, disse.
Mais cedo, Martins participou de uma reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária com coalizões produtivas contra a MP do PIS/Cofins. Durante o encontro, criticaram a medida do governo e defenderam sua rejeição pelo Congresso Nacional. Em reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a CNA e outras entidades alertaram sobre a ameaça da MP à competitividade dos produtos brasileiros e aos empregos