O programa Exporta Mais Brasil, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), realizou mais uma edição em Ilhéus, na Bahia, com foco no setor de cacau e chocolate. A iniciativa trouxe 15 compradores internacionais de 12 países para conhecer de perto a produção brasileira e fazer negócios com 29 empresas nacionais.
Durante o evento, foram realizadas 224 reuniões entre as marcas brasileiras e os empresários internacionais. Como resultado, são esperados mais de R$ 10 milhões em negócios para os próximos 12 meses, demonstrando a qualidade e o potencial do Brasil no setor.
Para dar um panorama completo da produção nacional, os compradores internacionais participaram de visitas técnicas a empresas que demonstram o diferencial do país no setor de cacau e chocolate. Eles conheceram a Fazenda Bonança, da Mestiço Chocolates; a produção de cacau da Dengo Origem; e o Centro de Inovação do Cacau (CIC).
Durante as visitas, os convidados puderam ver na prática o sistema cabruca. Uma forma de cultivo em que o cacau é plantado sob a sombra de espécies nativas da Mata Atlântica, ajudando na preservação do bioma. Eles também provaram o diferencial do cacau e do chocolate brasileiros e conheceram os processos e inovações do setor no país.
Negócios e Histórias de Sucesso
Após a imersão na produção, os 15 compradores internacionais realizaram reuniões individuais com as 29 empresas brasileiras para prospectar novas parcerias e avaliar possibilidades de levar o cacau e o chocolate do Brasil aos seus países.
Os convidados da ApexBrasil visitaram o Festival Internacional do Chocolate e Cacau de Ilhéus – Chocolat Bahia 2024, em sua 15ª edição na cidade. O evento, reconhecido como o maior do gênero na América
Latina, recebeu cerca de 65 mil pessoas e movimentou cerca de R$ 25 milhões. A ida à feira foi mais uma oportunidade de os empresários estrangeiros conhecerem marcas do Brasil e experimentarem o sabor e a qualidade que o país oferece.
Entre as marcas presentes, destacam-se histórias de superação e sucesso, como a da Luzz Cacau, fundada por Josiane Luz, filha, neta e bisneta de cacauicultores. A empresária transformou a produção familiar, migrando do cacau convencional para o cacau fino e, posteriormente, para a produção de chocolate. Atualmente, além da produção nacional, a marca já exporta cacau para cinco países e chocolate para dois.
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Outra empresa com uma história inspiradora é a Ju Arléo Chocolates, que surgiu a partir de um redirecionamento de rota de uma família de produtores de cacau. Em 2020, a filha do casal, Ju Arléo, então com sete anos, pediu uma máquina de fazer chocolate como presente de aniversário. A partir disso, a família investiu na nova produção e, um ano depois, ficou em terceiro lugar em um concurso nacional de chocolates artesanais.
Impacto e Expectativas
Os compradores internacionais ficaram encantados com a qualidade do cacau e dos chocolates brasileiros. Maartje van den Berg, da Holanda, destacou a dificuldade em escolher entre tantos sabores incríveis. Já Thorlakur Thor, da Islândia, ressaltou a paixão dos empresários durante as rodadas de negócios, o que despertou ainda mais seu interesse nos produtos.
Com a realização do Exporta Mais Brasil em Ilhéus, o setor de cacau e chocolate brasileiro ganha um impulso significativo, com a expectativa de mais de R$ 10 milhões em negócios para os próximos 12 meses. O evento demonstra o potencial do país no setor e abre novas oportunidades de exportação para as empresas nacionais.
Para esta edição do Exporta Mais Brasil, a ApexBrasil contou com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Ilhéus. Também da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e do Instituto Arapyaú.