Evento reúne especialistas de vários países em formato híbrido. Pesquisadores catarinenses, aclamados até na ONU, apresentam soluções que já estão moldando o futuro alimentar
Foto: Divulgação/Epagri

Florianópolis se prepara para mergulhar no centro das discussões mais importantes sobre o futuro dos oceanos e da nossa comida. De 17 a 21 de novembro, a capital catarinense sedia o XIII Fórum Ibero-Americano de Recursos Marinhos e Aquicultura (FIRMA). O evento é um caldeirão de ideias. Reúne mentes brilhantes de vários cantos do mundo. O objetivo é um só: garantir comida de qualidade na mesa e desenvolver o setor sem custar o planeta.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Pela primeira vez, o FIRMA será híbrido. Participação presencial no Hotel Intercity, na SC-401, ou virtual de qualquer lugar do globo. A abertura oficial na segunda-feira, às 9h, conta com a presença de autoridades como o presidente da Epagri, Dirceu Leite.

E a ciência catarinense tem voz ativa nesse cenário internacional

Na terça-feira, o biólogo Felipe Suplicy, da Epagri, sobe ao palco. Ele vai falar de um desafio e uma oportunidade: o mexilhão invasor Mytilus galloprovincialis. Mas por que você deveria se importar? Porque Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos. E o trabalho de Suplicy é referência. Tanto que, em 2024, ele levou esse conhecimento diretamente para a ONU. A criação de mexilhões como arma poderosa no combate à fome mundial.

Já na quarta-feira, a inovação continua. Guilherme Rupp, também pesquisador da Epagri, apresenta os avanços no cultivo de um animal peculiar: o pepino-do-mar. Pouco consumido aqui, é uma iguaria valiosa na Ásia. Rupp, que integra a organização do Fórum, trabalha no cultivo integral da espécie em cativeiro. Uma promessa de renda nova para o litoral. Sustentabilidade pura.

O Estado não para nos moluscos. Bruno Corrêa da Silva, outro pesquisador da Epagri, vai mediar a sessão sobre peixes de água doce. Sua especialidade? Genética e nutrição de tilápia. Um trabalho essencial. Santa Catarina hoje é o quarto maior produtor da espécie no Brasil. São mais de 30 mil piscicultores movimentando a economia. Gerando toneladas de proteína de qualidade.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O FIRMA em Florianópolis não é só um evento. É a prova de que a resposta para grandes desafios globais muitas vezes começa em águas locais. Com pesquisa. Com dedicação. E com a coragem de inovar.